Sistema de frenagem: como funciona e como cuidar

Quer entender como funciona o sistema de frenagem? Então, você está lugar certo! Nesta matéria, vamos explicar suas particularidades e como manter a segurança desses componentes.

O sistema de frenagem é um dos componentes mais importantes do veículo, pois é responsável por reduzir ou parar o movimento das rodas, permitindo o controle da velocidade e a segurança na direção. Por isso, é fundamental cuidar bem desse sistema e evitar problemas que possam comprometer seu funcionamento e colocar em risco a vida dos ocupantes do veículo e de outras pessoas na via.

Neste artigo vamos mostrar algumas dicas simples e práticas para você preservar o sistema de frenagem do seu veículo e evitar surpresas desagradáveis na hora de frear. Confira!

Manutenção regular preserva a frenagem

A primeira dica é fazer a manutenção preventiva dos componentes do sistema de freio periodicamente, seguindo as recomendações do fabricante do veículo. Essa manutenção envolve a verificação das condições dos componentes do sistema, como pastilhas, discos, tambores, lonas, cilindros, cabos e mangueiras. Além disso, também é importante verificar o nível e a qualidade do fluido de freio, que é responsável por transmitir a pressão hidráulica aos freios.

A manutenção preventiva do freio ajuda a identificar possíveis desgastes ou defeitos no sistema de frenagem antes que eles se tornem mais graves e causem falhas ou perda de eficiência. Assim, você evita acidentes e gastos maiores com reparos ou trocas de peças.

Verifique o fluido: níveis adequados, trocas necessárias

O fluido de freio é um dos elementos mais importantes do sistema de frenagem, pois ele é o responsável por transmitir a pressão hidráulica aos freios quando o pedal é acionado. Por isso, é essencial verificar o nível e a qualidade do fluido de freio regularmente, pelo menos uma vez por mês.

A indicação é que o nível do fluido de freio deve estar entre as marcas mínima e máxima indicadas no reservatório. Se estiver abaixo da marca mínima, pode haver vazamento no sistema ou desgaste excessivo das pastilhas ou lonas. Nesse caso, é preciso completar o nível com o mesmo tipo de fluido especificado pelo fabricante do veículo e levar o carro a uma oficina especializada para verificar a origem do problema.

A qualidade do fluido de freio também deve ser observada. Vale destacar que o fluido de freio é higroscópico, ou seja, ele absorve umidade do ar. Isso faz com que ele perca suas propriedades ao longo do tempo e fique contaminado com impurezas. Um fluido de freio contaminado pode comprometer o funcionamento dos freios, causando corrosão dos componentes metálicos, formação de bolhas de ar no sistema ou redução da capacidade de transmissão da pressão hidráulica.

Por isso, é recomendado trocar o fluido de freio a cada dois anos ou conforme a quilometragem indicada pelo fabricante do veículo. A troca deve ser feita por um profissional qualificado, que vai drenar todo o fluido antigo e substituí-lo por um novo, seguindo as especificações técnicas do veículo.

Troque pastilhas e discos: evite desgaste excessivo

As pastilhas e os discos de freio são os componentes que entram em contato direto quando o freio é acionado, gerando o atrito necessário para reduzir ou parar o movimento das rodas. Por isso, eles estão sujeitos a um desgaste natural ao longo do uso, que pode ser maior ou menor dependendo do estilo de condução, das condições da via e da qualidade das peças.

O desgaste excessivo das pastilhas e dos discos de freio pode comprometer a eficiência dos freios, aumentando a distância de frenagem e o risco de acidentes. Além disso, pode causar danos aos demais componentes do sistema, como cilindros, pinças e mangueiras.

Para evitar esses problemas, é importante verificar o estado das pastilhas e dos discos de freio periodicamente, observando a espessura das pastilhas e a superfície dos discos. As pastilhas devem ter uma espessura mínima de 2 mm, caso contrário devem ser trocadas. Os discos devem estar lisos e sem rachaduras, empenamentos ou sulcos profundos; se apresentarem esses problemas, devem ser retificados ou trocados.

A troca das pastilhas e dos discos de freio deve ser feita por um profissional qualificado, que vai verificar se as peças são compatíveis com o veículo e se estão bem instaladas e reguladas. A troca deve ser feita sempre aos pares, ou seja, nas duas rodas dianteiras ou nas duas rodas traseiras, para garantir o equilíbrio do sistema.

Prevenção ao superaquecimento: freie com cautela em descidas

O superaquecimento é outro problema que pode afetar o sistema de frenagem, especialmente em situações de uso intenso dos freios, como em descidas longas ou íngremes. O superaquecimento ocorre quando a temperatura dos componentes do sistema de frenagem aumenta muito, ultrapassando os limites de resistência dos materiais.

Esse fenômeno pode causar a perda de eficiência dos freios, a formação de bolhas de ar no fluido de freio ou o desgaste prematuro das peças. Além disso, pode provocar incêndios ou explosões no sistema.

Para evitar o superaquecimento, é preciso frear com cautela em descidas, usando o freio motor e reduzindo as marchas para diminuir a velocidade do veículo sem forçar os freios. Também é recomendado evitar frear bruscamente ou segurar o pedal do freio por muito tempo, pois isso gera mais calor no sistema. 

Em caso de superaquecimento, é preciso parar o veículo em um local seguro e deixar o sistema esfriar naturalmente antes de seguir viagem.

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