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Roubo de carga: o que fazer, como prevenir e os números de casos

Quer saber tudo sobre roubo de carga e o que fazer? Então você está no lugar certo. Nesta matéria você fica por dentro do que fazer, como prevenir e os números de casos de roubo pelas rodovias. A rotina nas rodovias pode ser repleta de desafios, seja pelas imensas distâncias que caracterizam nosso país ou […]

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Leonardo Cruz

De Leonardo Cruz

Roubo de carga: o que fazer, como prevenir e os números de casos

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Quer saber tudo sobre roubo de carga e o que fazer? Então você está no lugar certo. Nesta matéria você fica por dentro do que fazer, como prevenir e os números de casos de roubo pelas rodovias.

caminhão em estradaA rotina nas rodovias pode ser repleta de desafios, seja pelas imensas distâncias que caracterizam nosso país ou por sua má infraestrutura. Entretanto, esse tema se torna ainda mais sério quando tratamos sobre os altos índices de roubo de carga no Brasil. 

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Afinal, os assaltos aos caminhoneiros representam um risco real, que infelizmente está longe de ser erradicado. Por isso, é imprescindível conhecer as melhores práticas de prevenção para manter-se mais seguro e protegido nas estradas.

 

Neste artigo, você vai acompanhar os detalhes mais importantes sobre o tema. A seguir, entenda melhor a realidade sobre roubo de carga nas pistas brasileiras, os cuidados essenciais para prevenir-se e como agir caso você seja roubado. Acompanhe. 

Estatísticas sobre roubo de carga no Brasil 

As estatísticas de roubo de carga no Brasil seguem alarmantes. O volume de ocorrências aumentou 1,7% em 2021, somando um prejuízo de aproximadamente R$ 1,27 bilhão para as empresas de transportes.

 

O aumento dos crimes neste período merece destaque, porque as perdas foram cerca de R$ 200 milhões maiores na comparação com 2020. No total, foram 14.400 registros criminais, ante os 14.150 do ano anterior.

 

Com diminuições graduais desde 2017, o roubo e o furto de cargam voltaram a crescer em decorrência da retomada das atividades econômicas no país. Ou seja, depois que o período pandêmico mais crítico da covid-19 terminou. 

 

Quando as circulações de mercado se estabeleceram novamente, o fluxo de produtos nas estradas aumentou. Infelizmente, esse movimento também fez as atividades criminosas retornarem com força.

 

Somado a isso, diversos fatores econômicos internos e externos impulsionaram a alta na inflação. Como consequência, muitas mercadorias ficaram mais valiosas e tornaram-se ainda mais atrativas para os grupos organizados.

 

A boa notícia é que os índices ainda são menores em relação aos anos anteriores. Em 2016, por exemplo, foram 24.550 ocorrências de roubo de carga. Em 2018, elas caíram para 22.200, enquanto em 2020 os registros foram de 14.150.

 

Espera-se que a única elevação observada desde 2017 seja uma exceção e que os níveis voltem a diminuir,pois o setor de transportes realiza diversas ações em conjunto com as autoridades para minimizar este problema.

 

Enquanto a ampliação de agentes e operações da Polícia Rodoviária Federal já conseguem evitar prejuízos de cerca de R$ 1 bilhão anual, também há diversos trabalhos de orientação voltados aos caminhoneiros.

 

Afinal, existem práticas a serem adotadas pelos motoristas que são muito efetivas para minimizar a exposição às situações de risco. Você conhecerá as principais delas adiante neste artigo. 

As cargas mais visadas

Os dados apresentados acima são da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística) e foram divulgados pelo Estadão. O levantamento também indica as mercadorias mais visadas pelas quadrilhas de roubo de carga. São elas: 

 

  • Alimentos;
  • Combustíveis;
  • Produtos farmacêuticos;
  • Autopeças;
  • Materiais têxteis e de confecção;
  • Cigarros;
  • Eletroeletrônicos;
  • Bebidas;
  • Defensivos agrícolas.

 

Segundo a NTC & Logística, a região que mais teve ocorrências foi a Sudeste, com 82% das notificações. O estado com mais casos é São Paulo, com 45,23% do total. Depois dele, vem o Rio de Janeiro, com 31,32%.

 

Seguindo o ranking das regiões, a segunda que mais registra roubo de carga é o Sul, com 6,82% do total. Depois dela há o Nordeste, com 5,44%; o Centro-Oeste, com 3,66%; e o Norte, com 1,42%. 

 

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Como evitar passar por roubo de carga? 

Como citamos anteriormente, existem algumas práticas que ajudam a minimizar as chances de roubo de carga. Implementá-las pode fazer toda a diferença para garantir mais segurança aos motoristas e minimizar prejuízos com mercadorias roubadas. Algumas delas são:

Evite rotas perigosas

O primeiro passo é avaliar os trechos que serão feitos pelo caminhão, porque existem rotas com maiores índices de criminalidade que outras. Evidentemente, o risco de transitar constantemente por elas pode ser inviável em relação a caminhos alternativos.

 

Pode parecer uma medida drástica considerando o aumento de tempo percorrido em locais alternativos, mas vale a pena fazer uma avaliação. Por isso, levante dados sobre as ocorrências de cada região, compare os custos adicionais e os relacione com as possíveis perdas.

Dirija durante o dia

Durante a noite, a intensidade no trânsito é menor, os motoristas estão mais cansados e há menos visibilidade na estrada. Sendo assim, é mais comum que as ações de roubo de carga ocorram nesse período.

 

Ciente disso, dê preferência ao transporte diurno sempre que possível. Quando não houver essa opção, tente trabalhar com comboios de caminhões. Eles são mais difíceis de assaltar e tendem a desmotivar os criminosos.

Utilize rotas variadas

Outra prática comum das quadrilhas de roubo de carga é observar a frequência de rota de certos caminhões. Ou seja, os veículos que sempre utilizam os mesmos trajetos acabam se tornam alvos mais vulneráveis.

 

Para dificultar os assaltos e sair do “radar” dos criminosos, é importante planejar as entregas para serem feitas em trajetos e datas alternadas para cargas específicas. O mesmo vale para o rodízio dos locais de descanso, abastecimento, alimentação e outras paradas. 

Planeje suas paradas

Por falar nas paradas, elas são imprescindíveis para atender às necessidades básicas da rotina de um motorista. Contudo, elas também exigem um bom planejamento, para não deixarem o condutor mais sujeito às ações de roubo de carga

 

Em primeiro lugar, é essencial parar o caminhão antes que escureça. Isso evita a necessidade de diminuir a velocidade do veículo de madrugada ou encostá-lo nos períodos em que há uma menor movimentação de veículos na estrada.

 

Ao planejar os pontos e horários de parada, é imprescindível escolher locais bem iluminados, movimentados e seguros. Seja para abastecer, alimentar-se ou descansar, faz toda a diferença ter uma lista de postos confiáveis e incluí-los em cada rota. 

Use serviços de rastreamento

Os serviços de rastreamento já são muito populares no setor de cargas. A partir de sistemas de GPS, eles permitem que uma central de controle acompanhe o veículo durante toda a rota e reporte possíveis alterações.

 

Esse monitoramento em tempo real é muito útil para que os desvios sejam solucionados de forma imediata. Se algo estiver errado, a central tenta contatar o motorista. Caso não consiga, ela aciona a polícia. 

 

Se você não tiver recursos para contratar esse tipo de solução, vale a pena instalar um GPS simples para registrar os trajetos. Apesar de não ser uma prática preventiva, ela ajuda a indicar a posição geográfica do caminhão ao acionar a polícia caso um roubo aconteça.

 

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Caso você seja roubado, siga o passo a passo: 

Por mais eficientes que sejam as dicas apresentadas acima, vale ressaltar que elas não são infalíveis. Ou seja, todo caminhoneiro e transportadora que lida com mercadorias de valor está sujeito ao roubo de carga.

 

Para que você não se sinta desamparado e saiba exatamente como agir diante desses casos, elencamos as três etapas essenciais que devem ser seguidas logo após um assalto ou furto. Elas incluem as seguintes ações:

Comunique as autoridades

O motorista do caminhão deve prezar pela sua segurança acima de tudo. Por isso, é importante que ele tenha plena consciência de que não deve reagir a assaltos e a nenhum tipo de ação criminosa.

 

Depois que um furto é identificado ou que o roubo de carga acontece, a primeira ação é ligar para a Polícia Rodoviária Federal no número 191. Já se o condutor estiver em um perímetro urbano, é a Política Militar (PM) que deve ser acionada. O número da PM é 190.

 

Durante a comunicação, é fundamental informar o máximo de detalhes possível sobre o ocorrido. Isso inclui o local, como foi a ação dos criminosos, quanto tempo ela durou, entre outros detalhes. 

 

Quanto antes a polícia é acionada, maiores são as chances de recuperação, porque as patrulhas são avisadas da ocorrência imediatamente. Sobre qual a pena para roubo de carga, ela pode ser de 4 a 10 anos de reclusão e multa caso os criminosos sejam capturados.

Comunique a empresa

Após o acionamento das autoridades, o passo seguinte para o motorista é comunicar à empresa responsável pelas mercadorias transportadas. Afinal, cabe a ela prestar total suporte ao condutor.

 

Depois desse contato, o profissional deve seguir as orientações passadas pela organização e então receber todo o seu apoio para deixar o local em segurança. Também é importante que o negócio o acompanhe após o ocorrido, oferecendo assistência para o que for necessário.

 

Assim como foi comunicado à polícia, também é importante que o caminhoneiro explique em detalhes à companhia o que aconteceu durante o roubo de carga. Assim, ela terá condições de lidar com todas as pendências burocráticas e legais.

 

Logo depois da comunicação com o motorista, a empresa também deve acionar a delegacia de roubos e furtos de veículos e cargas, bem como a seguradora para iniciar os trâmites ligados ao seguro com rastreador ou ressarcimento. 

 

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Entre em contato com seu seguro

Com plena ciência sobre a ocorrência, também é hora de utilizar as proteções adicionais da companhia. Ou seja, nesse momento é pertinente acionar os rastreadores, localizadores e bloqueadores eventualmente utilizados no caminhão. 

 

Eles oferecem um importante suporte à ação da polícia e seus dados podem servir até como instrumento comprobatório à seguradora. Por fim, o seguro de transporte de carga deve ser acionado.

 

Para isso, a empresa deve fornecer às seguradoras de cargas todas as informações referentes ao motorista. Além disso, é essencial conhecer os sinistros e suas coberturas, para saber como calcular o valor do seguro de carga contratado. 

 

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